21/10/2013

Assim caminha a humanidade...




Uma nova semana começa e tudo continua na mesma, fora o fato de ter envelhido três dias a mais ...
Sinto-me meio estarrecida quando vejo, leio tantas coisas importantes acontecendo nesse nosso país e no mundo: pessoas tomando coragem para agir de acordo com o que acham certo, caso dos beagles, e as autoridades querendo prender e acusar; professores sendo execrados só porque reivindicam seus direitos; pessoas presas por defenderem o planeta, vide caso GREENPEACE, e nada é resolvido de maneira justa e pacífica!
Eu aqui do meu canto tão longe dos centros urbanos só tenho uma forma de ajudar que é usar as mãos e digitar minha revolta, meu  repúdio, minha solidariedade usando as redes sociais ou mesmo, como agora , esse espaço.
Não podemos ficar calados amigos! Vamos botar a boca no trombone!
Boa semana para todos nós!


Que falta nesta cidade?... Verdade.
Que mais por sua desonra?... Honra.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.

O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.

Quem a pôs neste socrócio?... Negócio.
Quem causa tal perdição?... Ambição.
E o maior desta loucura?... Usura.

Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que perdeu
Negócio, ambição, usura.

E que justiça a resguarda?... Bastarda.
É grátis distribuída?... Vendida.
Que tem, que a todos assusta?... Injusta.

Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça.
Que anda a Justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta.

O açúcar já acabou?... Baixou.
E o dinheiro se extinguiu?... Subiu.
Logo já convalesceu?... Morreu.

À Bahia aconteceu
O que a um doente acontece:
Cai na cama, e o mal cresce,
Baixou, subiu, morreu.

A Câmara não acode?... Não pode.
Pois não tem todo o poder?... Não quer.
É que o Governo a convence?... Não vence.

Quem haverá que tal pense,
Que uma câmara tão nobre,
Por ver-se mísera e pobre,
Não pode, não quer, não vence.

Gregório de Mattos e Guerra (1633/1696

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